Durante o primeiro dia da COP 30, em Belém (PA), o Governo de Mato Grosso oficializou um protocolo de parceria para implantar um projeto-piloto de monitoramento de créditos de carbono. O acordo coloca o estado em posição de destaque no cenário nacional e internacional de sustentabilidade e inovação ambiental.
O que foi firmado
A parceria foi estabelecida entre o Governo de Mato Grosso e a empresa SCCON Geospatial, por meio do programa Brasil Mais, conduzido pela Polícia Federal. Mato Grosso foi o único estado da Amazônia Legal selecionado para receber esse tipo de projeto.
A iniciativa utilizará imagens de satélite de alta resolução e alertas de detecção de mudanças florestais para monitorar o desmatamento, estimar o estoque de carbono, a altura das árvores e a cobertura da copa. A tecnologia será fornecida por empresas especializadas e o projeto não exigirá custo direto para o estado.
Por que o projeto é importante
O monitoramento por satélite é essencial para garantir transparência e credibilidade no mercado de créditos de carbono, comprovando que as áreas conservadas realmente representam redução de emissões.
Segundo a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, a iniciativa “coloca Mato Grosso na vanguarda da política climática e no fortalecimento de um modelo de desenvolvimento sustentável”.
Além de reforçar o combate ao desmatamento, o projeto abre portas para que o estado amplie sua participação no mercado de soluções baseadas na natureza, gerando oportunidades de renda e inovação verde.
O que esperar daqui para frente
A fase piloto servirá como prova de conceito para a implementação em escala estadual. O sistema permitirá o monitoramento diário e a geração de alertas automáticos sobre perda florestal e degradação ambiental.
Com os resultados do piloto, o governo pretende expandir a tecnologia para outros biomas e integrar dados com secretarias estaduais, produtores rurais e programas de pagamento por serviços ambientais.
Considerações finais
A parceria firmada na COP 30 consolida Mato Grosso como referência nacional em tecnologia ambiental e gestão sustentável de recursos naturais.
Ao unir inovação, ciência e preservação, o estado demonstra que é possível promover desenvolvimento econômico com responsabilidade climática — um passo importante rumo a um futuro mais verde e equilibrado.