Cuiabá se destaca como uma das capitais brasileiras com a maior proporção de empregos verdes, com cerca de 20% de seus vínculos formais em atividades sustentáveis, ao lado de Florianópolis (SC) e Rio Branco (AC). Essa informação é revelada no relatório “Habilidades e empregos verdes para adolescentes e jovens no Brasil”, publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Os empregos verdes promovem a preservação e restauração de ambientes limpos e saudáveis, utilizando recursos naturais de forma eficiente e criando oportunidades econômicas para grupos vulneráveis, respeitando as comunidades locais.
Segundo a secretária Adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Sedec, Linacis Silva Vogel Lisboa, Mato Grosso, o maior estado produtor do Brasil, preserva mais de 60% de seu território enquanto integra práticas sustentáveis, como sistemas de plantio direto e bioinsumos. ”
Mato Grosso está conseguindo alinhar crescimento econômico com responsabilidade ambiental. A presença de Cuiabá entre as capitais com maior proporção de empregos verdes mostra que o Estado está trilhando uma transição concreta para uma economia de baixo carbono.
” destacou.
A análise da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2022 revelou que, dos mais de 78 milhões de vínculos de emprego no Brasil, 6,8 milhões (8,7%) são classificados como empregos verdes. Embora grandes centros como São Paulo tenham números absolutos altos, Cuiabá apresenta uma proporção significativamente maior de atividades verdes em sua economia.
A liderança de Mato Grosso na transição para uma economia de baixo carbono se reflete em setores estratégicos como energias renováveis e biocombustíveis. Mais de 90% da energia elétrica do estado é gerada a partir de fontes renováveis, e Mato Grosso é o maior produtor nacional de etanol de milho, gerando empregos verdes ao longo de toda a cadeia produtiva, desde a agricultura até a indústria.
Além das energias limpas e biocombustíveis, outras áreas com grande potencial de empregos verdes no estado incluem manejo florestal sustentável, agricultura regenerativa e logística de baixo carbono. A presença desses setores fortalece a geração de empregos que promovem um crescimento econômico equilibrado e sustentável.
Por fim, Linacis enfatizou as ações do estado rumo ao baixo carbono, incluindo a coordenação do Grupo Gestor Estadual de Agropecuária de Baixo Carbono 2020-2030, que envolve 41 instituições focadas em reduzir gases de efeito estufa na agropecuária, estabelecendo metas ambiciosas em relação à meta nacional de 17%.